Para evitar que móveis sejam arranhados por gatos, procede-se à remoção cirúrgica de suas garras, ou unhas. Cada ponta do dedo do felino é cortada por um torquês. Faz-se um corte no coxim, que é a parte mais carnuda do dedo para se chegar até o osso, uma vez que não basta expor a garra para se ter acesso à articulação. Muitos veterinários simplesmente cortam a unha na base para evitar o corte nos coxins.
Para estancar a forte hemorragia que esse corte provoca, as patas do animal são enfaixadas, firmemente, o que pode causar gangrena.
Geralmente, duas ou até as quatro patas são operadas ao mesmo tempo, impossibilitando o animal de firmar seus pés no chão , o que o leva a adquirir uma postura anormal, devido à dor que, em muitos casos, terá de ser suportada por toda a vida.
Devido à retirada forçada de suas garras, que integram seu mecanismo de preservação da espécie, o animal torna-se agressivo e ainda fica sujeito a abcessos nas falanges restantes ou a infecções nos tecidos dos dedos.
Como bem declarou a veterinária Jane Araújo, em mensagem publicada na internet, em 3 de novembro de 2000, pelo grupo Defesa Animal “arranhar móveis, madeira, batentes de portas, árvores, etc. é uma atividade normal de gatos e de outros felinos. Ao arranhar as coisas eles estão exercitando músculos, afiando as garras e marcando território. Este é um comportamento natural e não deve ser mudado. Alguns animais podem ser adestrados para afiar as garras em locais predeterminados, outros não; mas se você não quer correr o risco de ter sua mobília estragada: NÃO TENHA GATOS!!! Um bom relacionamento é baseado em respeito, então respeite seu animal e não tente mudar a sua natureza”.
Vanice Teixeira Orlandi